O início de um novo ciclo normalmente nos lembra da possibilidade de mudança de hábitos e comportamentos, isso pode acontecer em qualquer época de nossas vidas, mas os períodos que marcam fechamento e reinício tendem a ter esse impacto mais demarcado.
Iniciamos um novo ano, cheios de esperanças mas ainda carregados de lembranças de um problema que ainda persiste.
O Janeiro Branco terá um significado especial neste sentido, pois vem ao encontro da necessidade de nos voltarmos para dentro de nós, ouvirmos os nossos ruídos que sinalizam quando não estamos bem e efetivamente poder buscar ajuda quando necessário.
Infelizmente o senso comum tende a tratar a saúde mental como algo menor ou como fraqueza pessoal, falta de fé e outros estereótipos negativos que fazem com que muitas pessoas que estão em sofrimento não tenham coragem de admitir o que sentem e nem de pedir ajuda.
A campanha permite trazer à tona que a saúde mental é tema importante para todos os indivíduos e merece nossa atenção e nosso cuidado todos os dias”.
É fundamental abordar essa temática no ambiente acadêmico.
Ao redor do mundo, o contexto universitário tem sido identificado como lócus privilegiado de adoecimento mental.
A população que compõe a comunidade acadêmica em geral está lidando com fases de transição na vida pessoal e familiar e precisa conciliar isso com altas demandas de produtividade e espaços muito competitivos.
Quando esses elementos são somados a outras questões adoecedoras da sociedade, como racismo, LGBT fobia e violência de gênero, há um agravamento ainda maior desse cenário.
Contudo, podemos ter espaços em todas as áreas sejam virtual ou presencial mais saudáveis e discutir sobre o tema é um primeiro passo para se alcançar esse objetivo.