O ambiente de trabalho ideal deveria ser como um relógio: cada pequena engrenagem fazendo a sua parte para que o todo funcione corretamente.
Porém, na prática, não é bem assim que acontece.
Além de todo o estresse que já é comum de um emprego, muitos locais acabam fazendo da vida de seus trabalhadores um inferno.
Para usar um jargão atual, é um ambiente de trabalho tóxico, que, das 9 às 18 horas por 5 dias da semana, suga a vida e a alegria daqueles que ali trabalham.
E hoje eu quero contar minha experiência em uma organização que trabalhei, primeiro fui para essa organização com um único intuito, analisar o comportamento das pessoas, desde o início eu queria ficar 3 meses em uma empresa 3 meses em outra, para ver como o profissional do futuro se comporta com as adversidades do dia a dia, e como isso impacta em sua vida.
( É um conteúdo para meu livro que vou escrever, por isso da minha jornada nas organizações. )
Competitividade e pressão por resultados e números são normais nesse tipo de local, o que já torna o ambiente propício a estresses gerais, por menores que sejam, os chamados microestresses que contamos aqui.
Discussões e divergências não só podem como devem acontecer, contanto que o respeito seja sempre mantido e a comunicação não-violenta impere.
Mas não foi isso que encontrei infelizmente…
A minha visão vai além disso.
Observei que muita dessa toxicidade se dá de maneira velada, camuflada entre piadinhas, brincadeiras, frases curtas, comentários, atitudes… Tudo aparentemente inofensivo a quem faz, mas violento a quem sofre.
E muitas das vezes fazem com que as pessoas que “eu não tenho afinidade” não servem para estar ali.
Mas ao meu ver como Gestora não precisamos ter afinidade ou ser amigos né!?
Somos todos diferentes, é e aí a mágica.
Únicos em um só propósito.
Mas como saber, então, se meu ambiente de trabalho é tóxico?
Se você se sente com as energias completamente drenadas e sugadas ao fim do dia, se algum colega ou chefe parece pegar mais no seu pé do que o aceitável por qualquer motivo, se você se sente fisicamente doente por tempos prolongados graças ao estresse, adquirindo uma Síndrome de Burnout, se o ambiente inibe suas dúvidas, criatividade e sugestões e faz você se sentir inseguro consigo mesmo: isso tudo pode ser sintoma de que seu trabalho é, de fato, tóxico.
Mas algumas práticas mais sutis também devem ser observadas: os bajuladores, são pessoas que tentam de toda maneira manipular todos que estão em sua volta, e quando por algum motivo eles não gosta de alguém, eles fazem com que os que estão ao seu lado também tomem partido, e isso é muito perigoso.
Todas essas práticas podem acabar por criar uma cultura caótica, desorganizada e desrespeitosa.
Isso leva a um amibiente de fofoca com comentários maldosos e depreciativos. Frases como
“tenho que fazer o trabalho por nós dois”
Além de carregadas de arrogância, também servem apenas para desestimular e cultivar o mal-estar.
Sendo que opostos à positividade tóxica, também existem aqueles que parecem se esforçar para ver o copo completamente vazio. Se o excesso de positividade pode ser nocivo o mesmo vale para a negatividade.
Porém, hoje em dia, muitos insistem que o caminho é ver sempre o copo meio cheio.
Caso você ouse discordar, virá o rótulo de pessimista, de ser alguém que torce contra ou que nunca vai “vencer na vida” por conta de sua negatividade.
Essa busca pela vitória, geralmente traduzida em bens materiais, luxo e conforto, já gera pressão suficiente tanto dentro de nossas cabeças quanto no trabalho e ainda pode ser agravada pela toxicidade por parte da chefia ou dos próprios empregados.
Mas vamos lá, quando se deparar com ambiente assim o que sugerir, ou o que fazer?
Fazer uma autoreflexão, é também um caminho valioso para identificar se há algo em sua postura que pode mudar esse cenário antes que você tenha que mudar de emprego. Consigo me posicionar mais?
Consigo migrar para outra área?
Consigo falar sobre isso abertamente e, assim, solucionar esse problema?
Mas lembre-se: não se culpe!
Apenas identifique o seu papel nessa história, até mesmo para evitar passar por isso novamente no futuro.
É preciso atenção redobrada no cuidado com a saúde mental.
Um ambiente de trabalho tóxico prejudica e muito o nosso psicológico, podendo até acarretar até mesmo em problemas como a hipertensão e a depressão.
Se a tristeza que vem for algo muito maior para você, talvez seja hora de ligar os sinais de alerta.
Por mais que trocar de emprego não seja fácil, é preciso buscar alternativas antes que o seu próprio corpo decida cobrar a conta.
Virar a página, muitas vezes, é um ato de coragem.