O suicídio é uma das três maiores causas de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo.

Compreender este fenômeno tem sido um grande desafio.

Por se tratar de um grave problema mundial de saúde pública, os números, mesmo subestimados, são assustadores.

Para cada suicídio que acontece, houve entre 10 e 20 tentativas, e cada morte por suicídio afeta emocionalmente outras 60 pessoas próximas à vítima.

Conclui-se que o suicídio é um fenômeno social que surge como um pedido de socorro dos jovens à família e à sociedade, uma vez que os eventos que ocorrem na exterioridade das frágeis relações sociais impactam diretamente na formação da sociedade.

Não se pode falar do suicídio como se fosse uma questão individual.

Num mundo competitivo que a cada dia se torna mais inóspito, o sofrimento das pessoas só tende a aumentar.

Aviso de gatilho: para quem tem sensibilidade com o tema, o texto pode causar sensações desconfortáveis que talvez você prefira evitar.

Todos os dias, cerca de 30 brasileiros se suicidam. Em cerca de 90% dos casos, porém, eles podem ser evitados. Saiba mais sobre prevenção do suicídio.

A vida realmente é um bem a ser mantido a qualquer preço?

Já que estamos falando sobre coragem-covardia, justamente no mês em que se convencionou a chamar de “prevenção ao suicídio”, vamos conversar um pouco sobre esse tema delicado.

A proposta aqui é sair do lugar imediato, comum, do pensamento óbvio, pois saúde mental não combina com superficialidade, equilíbrio não diz sobre evitar conflitos.

Muitos sofrimentos são justamente modos das pessoas clamarem por menos superficialidade.

O mundo em que vivemos nos joga o tempo todo para pensamentos diretos, simples e palatáveis, para que as pessoas não se comprometam de fato em aprofundar reflexões.

Ou seja, não nos aprofundamos em nada para que nenhuma transformação profunda aconteça.

Muitos sofrimentos são justamente modos das pessoas clamarem por menos superficialidade.

Vale lembrarmos alguns dados.

Em diferentes momentos da história da humanidade tivemos mudanças na ideia da vida como valor supremo que precisa ser mantida a qualquer custo.

Em momentos em que é necessária maior mão de obra disponível, a vida vira um valor supremo, garantida pelos discursos da saúde, religiosos e políticos em geral.

Momentos em que o excedente de mão de obra é um problema, discursos como o de encarceramento em massa e o de pena de morte tomam maior proporção.

Isso quer dizer que, filosoficamente, o discurso de que a vida é um valor que precisa ser mantido a qualquer custo vai mudando de acordo com o momento em que vivemos.

A questão não é individual, não está na pessoa, mas no mundo em que vivemos.

Um mundo que explora as pessoas à exaustão, que não apresenta alternativas de acolhimento e pertencimento que sejam gentis.

Que só propõe uma compreensão de responsabilização sobre o sofrimento individual, jamais compreendendo a dimensão coletiva da dor: esse é o convite para o sofrimento, a responsabilidade solitária.

Esse mundo não oferece sentido, porque o sentido se forma no compartilhamento, no encontro.

Nem sempre suicídio tem a ver com sofrimento.

Sim, é possível decidir não viver mais simplesmente como decisão, e não como sintoma.

A morte é um tabu na nossa sociedade, e isso se revela no suicídio, no aborto, na eutanásia e no parto.

Esses acontecimentos, da ordem da vida, assumiram status de coisa da ciência.

Então, a partir desses apontamentos, cabe discutirmos como podemos criar possibilidades de acolhimento (nem de julgamento, nem de cerceamento, muito menos de submissão) necessariamente coletivas e gentis para todos nós.

Abrir espaço para olhares diferentes é o início dessa jornada de construção coletiva.

Como suspeitar que alguém pode precisar de ajuda :

Pergunte com todas as letras se você, de repente, suspeitar da intenção de algum amigo ou familiar.

Mas pergunte querendo ouvir, porque no geral o indivíduo acaba desabafando.

Questione sobre o plano, os motivos, as consequências, esteja com tempo. Isso pode ser de uma ajuda extrema.

O grande diferencial é mostrar que você se importa.

Ofereça ajuda se achar necessário, como apoio psicológico, psiquiátrico e instituições confiáveis.

E se a atitude for extrema (ameaça direta de se jogar da janela, se cortar), é necessário uma tomada de decisão imediata: leve a pessoa para um pronto-socorro ou ligue para o Samu.

Outros comportamentos que indicam risco de suicídio:

Estocar ou comprar uma quantidade enorme de comprimidos;

Comprar armas;

Deixar pendências resolvidas;

Dar algo de muito valor para alguém que ela goste muito;

Ter tentado tirar a própria vida anteriormente.

Na dúvida, sempre questione.

Além disso, se a pessoa confessar o desejo e, de repente, lhe pedir para manter segredo, não faça isso.

Porque, na verdade, você pode estar colaborando para que ela ponha o plano em prática.

Orientações para prevenir o suicídio :

Procurar um psicólogo ou um grupo de apoio;

Ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV), cujo telefone é 188 e o site: www.cvv.org.br;

Criar um plano de ajuda, com o que fazer e para quem ligar quando você se sentir em crise;

Tentar descansar, comer e não abusar de álcool ou drogas – as coisas sempre parecem muito piores quando estamos com fome, cansados e com a consciência alterada.

Sua vida tem valor!

Luciane Dutra

Meu objetivo sempre foi poder ajudar as pessoas de alguma forma, seja no ambiente pessoal ou profissional, e hoje início a jornada mais eletrizante da minha vida, meu Blog, onde posso compartilhar história da vida real para você, de uma maneira única. Obrigado por sua visita, você é especial!

By Luciane Dutra

Meu objetivo sempre foi poder ajudar as pessoas de alguma forma, seja no ambiente pessoal ou profissional, e hoje início a jornada mais eletrizante da minha vida, meu Blog, onde posso compartilhar história da vida real para você, de uma maneira única. Obrigado por sua visita, você é especial!

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