Esse foi o terceiro maior desastre em casas noturna do mundo.

O incêndio da Kiss entrou para a história como o segundo maior do Brasil em número de mortos.

Só perde para o do Gran Circo Norte-Americano, no dia 17 de dezembro de 1961, em Niterói (RJ): 503 vítimas fatais.

“A palavra superação não existe em nosso dicionário enquanto movimento coletivo.

Como ‘superar’ as perdas e o luto.

Precisamos resgatar a memória para termos chances de construir um futuro digno, para que os crimes cometidos não aconteçam novamente em nenhum lugar”.

“A impunidade é um convite para novas tragédias”.

A dor que mais perdura é a dor da impunidade.

A dor de saber que tudo aconteceu e não temos a responsabilização necessária para dar uma garantia mínima de que não vai acontecer de novo.

242 não é só um número.

São 242 famílias que precisam descansar.

Ninguém conseguiu viver seu luto.

A investigação policial durou 55 dias e ouviu 800 testemunhas.

Entre outras irregularidades, apontou excesso de lotação, extintores quebrados e falta de treinamento.

Na confusão, os seguranças fecharam a única porta de acesso à boate e, sem saber do que estava acontecendo perto do palco, não deixavam os frequentadores saírem sem pagar a comanda.

Por fim, o inquérito policial responsabilizou 28 pessoas.

Dessas, só quatro foram denunciadas pelo MP: os sócios da boate, Elissandro Spohr, de 39 anos, e Mauro Hoffmann, de 57; o músico Marcelo de Jesus, 42, e o produtor de palco Luciano Bonilha, 45, todos por homicídio doloso.

Essa semana completa 10 anos da tragédia, onde esses pais lutam durante esses anos pela memória de seus filhos, contra impunidade, contra a falta de estrutura em boates.

Eles buscaram em seu luto uma forma de dar voz e avisar ao mundo sobre a importância de ambiente seguro para nossos filhos.

A busca por uma legislação para aumentar a fiscalização, segurança e prevenção de incêndios em estabelecimentos de todo país levou a muitos debates e à votação de um projeto de lei sobre o tema.

A lei aprovada em 2017 estabelece diretrizes gerais sobre medidas de prevenção e combate a incêndios e a desastres em estabelecimentos, edificações e áreas de reunião com cem pessoas ou mais.

No incêndio em Santa Maria em que, além dos mortos, mais de 600 pessoas ficaram feridas, não havia ventilação, saídas de emergência nem controle de incêndio na casa noturna, tomada pela fumaça tóxica da queima da espuma acústica, que foi incendiada após o uso de fogos de artifício por um integrante da banda que fazia um show no local.

“A dor de perder um filho é paralisante, parece que alguém te mutilou sem anestesia”

A morte de um filho é a perda mais devastadora de todas.

Você irá lamentar a perda da vida dele ou dela para sempre.

242 pais perderam seus filhos em uma única vez.

Luciane Dutra

Meu objetivo sempre foi poder ajudar as pessoas de alguma forma, seja no ambiente pessoal ou profissional, e hoje início a jornada mais eletrizante da minha vida, meu Blog, onde posso compartilhar história da vida real para você, de uma maneira única. Obrigado por sua visita, você é especial!

By Luciane Dutra

Meu objetivo sempre foi poder ajudar as pessoas de alguma forma, seja no ambiente pessoal ou profissional, e hoje início a jornada mais eletrizante da minha vida, meu Blog, onde posso compartilhar história da vida real para você, de uma maneira única. Obrigado por sua visita, você é especial!

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