No Brasil, talvez, a prática ainda esteja caminhando em passos lentos, justamente pelo pouco conhecimento sobre ela.
Porém, no resto do mundo, sobretudo nos países desenvolvidos, ela é bastante popular.
Para se ter ideia, uma pesquisa da Pew Research Center revelou que 73% dos americanos se consideram lifelong learners (adeptos do lifelong learning).
Se você quer descobrir o que é esse conceito, para o que serve e como aplicar, é só continuar lendo esse texto que preparei com todo carinho e dedicação a você leitor.
O que é lifelong learning?
Lifelong learning é um termo inglês que, em tradução livre, significa;
Ou seja, sustenta a ideia de que os estudos devem ser permanentes, e não apenas durante um curto período da vida.
Cumprir somente os anos escolares e encerrar os estudos após a graduação é uma prática que vai contra o lifelong learning.
De acordo com a teoria, a educação formal é apenas uma parte – ainda que muito importante – da qualificação.
Na verdade, ele nunca acaba.
Afinal de contas, sempre é tempo de aprender algo novo e de aperfeiçoar habilidades.
Qual é o objetivo do lifelong learning?
lifelong learning tem um objetivo bastante claro: estimular a continuidade dos estudos.
E não estamos falando de incluir novos anos na educação básica ou mais etapas na formação profissional.Isso porque, segundo o conceito, a expansão do aprendizado não é uma responsabilidade atrelada às instituições de ensino, mas, sim, à vontade do próprio indivíduo.
A busca pela educação permanente deve acontecer de maneira voluntária e proativa.
E é fácil entender uma das razões para querer se desenvolver cada vez mais – basta observar o cenário corporativo.
Se, há algumas décadas, ter disposição era atributo suficiente para conseguir uma oportunidade de emprego, hoje, as coisas são bem diferentes.
O mercado é altamente competitivo e requer profissionais competentes e qualificados.
Quanto mais habilidades um funcionário possui, mais bem-visto e requisitado ele é.
As próprias consultorias de Recursos Humanos validam essa premissa.
Um estudo da CareerBuilder, por exemplo, mostrou que, para 77% dos empregadores, as soft skills – um dos tipos de competência que podem ser desenvolvidos – são tão importantes quanto os conhecimentos técnicos.
Ou seja, ainda que a formação profissional tenha um peso significativo, outras habilidades também são equivalentes na balança.
Qual é a importância do lifelong learning para as instituições?
O lifelong learning levanta um ponto importante a ser discutido: o papel e a situação das instituições de ensino nesse ecossistema.
Diante disso, é oportuno destacar que o conceito não é uma afronta à educação formal.
Está longe disso, na verdade.
O lifelong learning é um aliado das instituições de ensino, uma vez que representa mais um estímulo aos estudos.
Quem é ou já foi estudante sabe que a sala de aula é indispensável para o aprendizado, mas também tem consciência de que os esforços extracurriculares ampliam o conhecimento e a qualificação.
É como se essas atividades fora da classe turbinassem tudo o que é assimilado dentro dela.
Dessa forma, a teoria do lifelong learning é essencial para as instituições que querem formar alunos preparados para os desafios futuros.
Além de, é claro, uma oportunidade de incluir cursos e outras formações que atendam às necessidades dos profissionais e do mercado de trabalho.
Quais são as vantagens do lifelong learning?
Confira a seguir as principais vantagens:
Desenvolvimento de novas habilidades
Sem dúvida, o desenvolvimento de novas habilidades está entre os motivos mais relevantes para adotar o lifelong learning.
Isso porque as competências ajudam a proporcionar resultados expressivos nas atividades, especialmente as que são relacionadas ao trabalho.
Quer ver um exemplo?
Vamos supor que um analista de marketing precise fazer um cronograma com as datas de todas as ações da nova campanha.
Por desconhecer os segredos do Excel, a primeira atitude seria inserir manualmente as datas em cada coluna.
Entretanto, ele pode decidir, voluntariamente e proativamente, buscar uma forma mais fácil de fazer.
Com uma simples pesquisa no YouTube, o profissional consegue encontrar uma fórmula que resolve tudo em poucos segundos.
Assim, além de ganhar tempo e solucionar o problema, esse conhecimento fará diferença nas próximas vezes em que precisar executar uma tarefa semelhante.
Esse é um exemplo de capacidade técnica adquirida.
Mas o lifelong learning também estimula o desenvolvimento de habilidades comportamentais.
Criatividade, por exemplo, é uma habilidade comportamental.
Em muitas pessoas, trata-se de uma característica inata.
Ou seja, um talento natural.
Mas ela também pode ser desenvolvida com esforço e dedicação.Além disso, até mesmo quem possui a aptidão de berço pode sofrer com bloqueios que impedem as ideias de surgirem.Por isso, um estímulo é sempre bem-vindo.
O lifelong learning, por sua vez, é eficaz para a impulsionar a capacidade de pensar fora da caixa e propor novas soluções.
Domínio de novas tecnologiasEstamos vivenciando a Quarta Revolução Industrial ou, como também é conhecida, indústria 4.0 e era da tecnologia.
Há algumas décadas, muitas inovações tecnológicas eram impensáveis.
O fato é que, para chegar nesse patamar, foi preciso que estudiosos e inventores dessem o primeiro passo, certo?
Ou seja, eles tiveram a iniciativa de pensar em novas ideias e propor soluções diferenciadas para problemas existentes.
Hoje, certamente, não conseguimos imaginar como seria viver sem tamanho avanço e tampouco vislumbramos como o mundo será daqui a algum tempo.
Acontece que os lifelong learners são capazes de descobrir novas tecnologias.
A sede por conhecimento contínuo é que impulsiona a transformação digital e, consequentemente, a evolução da nossa sociedade.
Surgimento de oportunidades.
É difícil mensurar a quantidade de oportunidades que o lifelong learning pode proporcionar.
Afinal, cada conhecimento adquirido tem potencial de abrir muitas portas.
Na carreira, se você desenvolve uma nova habilidade, por exemplo, há outros cargos e funções que podem ser exercidas.
Um novo saber também pode despertar o desejo por uma atividade que, até então, parecia pouco atrativa.
É só deixar o conhecimento guiar os rumos.
Onde o lifelong learning pode ser aplicado?
Até aqui, vimos uma série de benefícios que o lifelong learning oferece para os indivíduos.
Além dos resultados significativos no âmbito pessoal, a prática também é muito importante para o desenvolvimento profissional.
Do total de americanos que se consideram lifelong learners e responderam à pesquisa que mencionamos na introdução deste artigo, 87% disseram ter aderido ao conceito para manter ou melhorar habilidades no trabalho.
Mas o lifelong learning não dispõe de vantagens apenas para pessoas e suas formações.
As empresas também podem se beneficiar (e muito!) da prática do conceito.
Uma vez que a cultura é estabelecida, os funcionários assumem uma postura mais ativa para buscar conhecimento.
Dessa forma, ao adquirirem novas competências e saberes, tornam-se mais preparados para os desafios encontrados no ambiente.
O resultado disso é umarotina organizacional muito mais estratégica e produtiva.
Aprender a ser;
O último pilar suporta a ideia de que é preciso aprender a ser.
Em outras palavras, se trata de desenvolver autonomia para aprender coisas novas.
O indivíduo deve formar autorresponsabilidade sobre o seu aprendizado.
E não há outra maneira de fazer isso sem que seja descobrindo o seu próprio potencial.
Não tinha conhecimento sobre esse conceito , mas ele já faz parte da minha vida e desenvolvimento, é a mais pura verdade , aprender sempre .