O conhecimento é o conjunto de informações que o indivíduo adquire por meio da sua experiência, aprendizagem, crenças, valores e insights sobre algo no decorrer da sua trajetória.
A pessoa que detêm o conhecimento é capaz de saber alguma informação ou instrução e a mesma pode mudar comportamentos e auxiliar na tomada de decisões.
O conhecimento é capaz de transformar vidas e, se utilizado devidamente, contribui significativamente para a construção de um mundo melhor.
Trata-se de um processamento complexo e subjetivo da informação absorvida por um indivíduo e, digo eu, pela coletividade, pois o conhecimento individual só tem significado se estiver a serviço da sociedade.
O conceito de “SABEDORIA, consiste em saber o que fazer com qualquer conhecimento, como utilizá-lo de forma prudente, moderada, profícua e útil.
Somos o resultado das nossas escolhas e elas estão baseadas no nível de conhecimento a respeito de determinado assunto.
Passamos a adquirir sabedoria quando enfrentamos o erro e o acerto do que escolhemos”.
Neste sentido o conhecimento embasa nossa visão de mundo ou nossa cosmovisão.
Portanto, sabedoria pode ser entendida como a capacidade que temos para utilizar corretamente, altruisticamente, socialmente, politicamente e humanamente nossos conhecimentos.
Exemplo, ao utilizar o conhecimento científico e tecnológico para a fabricação de armas de destruição em massa, certamente que esta utilização de um conhecimento de grau elevado e refinado, nada tem de sabedoria.
A inquisição, por exemplo, que por séculos fez parte do cristianismo, da hierarquia da Igreja da Católica, através de uma visão deturpada da verdade, levou ao sofrimento, à prisão e à morte centenas de milhares pessoas, inclusive queimadas vivas, por que ousaram pensar de forma diferente ou em confronto com o que, décadas ou séculos eram “verdades consagradas” pela igreja e pela fé cristã, mas há muito tempo até a atualidade a inquisição é considerado uma prática cruel e, em certo sentido, demoníaca, apesar de ter sido praticada em nome da fé católica e cristã, quando Cristo tanto enfatizava que deveríamos pregar apenas o amor, jamais o ódio, o rancor, a vingança e a injustiça como foram as práticas da inquisição por mais de cinco séculos.
A inquisição é o mais claro exemplo de obscurantismo e, em certo sentido, ainda hoje está presente na forma de agir de algumas pessoas e até mesmo como práticas e ações de governo, como podem ser observadas, principalmente na violência institucionalizada pelo Estado.
Por isso, a liberdade de pensamento, de pesquisa, de diálogo, de organização, de manifestação, de veiculação dos frutos do conhecimento devem ser um apanágio não apenas da racionalidade individual, mas a base para a construção de uma sociedade justa, humana, sustentável e desenvolvida.
O obscurantismo faz parte do arcabouço de regimes e governos medíocres que não suportam nem a liberdade e muito menos a verdade, razão pela qual deve ser combatido de forma efetiva para que os países e as sociedades não se enveredem para regimes totalitários e ditatoriais.
Todas as pessoas, tanto crianças, quanto jovens, adultos e mesmo idosos, que já estão no processo de ocaso da existência, devem ter a capacidade de refletir, pensar criticamente e a coragem de demonstrar seu inconformismo perante todas as formas de obscurantismos e de censura.
Em sociedades dominadas pelo obscurantismo não tem lugar para uma educação de fundamentação crítica, libertadora e muito menos práticas pedagógicas que estimulam as pessoas a pensarem criticamente e exercitarem a plena liberdade para pensar, sentir e agir, único caminho que leva ao conhecimento e à sabedoria.
Devemos saber viver plenamente, buscando sempre estudar e aprender coisas úteis e proveitosas a nós mesmos e ao próximo.
Quando paramos de aprender ou perdemos a curiosidade que nos leva a novas descobertas e ao progresso, começamos de fato a morrer aos poucos, isto também acontece com as sociedades governadas por dirigentes medíocres que temem o conhecimento, a sabedoria e a coragem de encarar a verdade, principalmente quando isto esta na base das manifestações populares.
Precisamos aprender o mais que pudermos, não devemos perder tempo com futilidade, que é sinônimo de uma vida vazia e sem objetivos, sem rumo.
Busquemos conhecer assuntos novos em todos os ramos do conhecimento, que despertam a curiosidade que existe dentro de nós, isto nos ajudará e também ajudará ao próximo a iluminar mais o espírito da verdade.
Só a curiosidade, a vontade de conhecer não apenas o mundo em nossa volta, mas nosso mundo interior pode nos conduzir na jornada em busca da felicidade e da eternidade.
Por isso a Bíblia, texto sagrado e regra de fé para bilhões de cristãos e os diversos livros sagrados das demais religiões tanto enfatizam a busca da verdade como apanágio da liberdade. No Evangelho de São João , capítulo 8, versículo 32 é o próprio Cristo quem diz, de forma bem clara “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
Esta é a resposta a todas as “fakes news” ou, em português “notícias falsas”, que existem desde tempos imemorais e não apenas na atualidade marcada pela difusão instantânea da internet e das redes sociais, que “tanta preocupação” tem despertado em nossas autoridades, muitas das quais também, com frequência, mentem para a população, inclusive quanto não usam da transparência para que o povo possa saber, ver e enxergar o que acontece realmente nos porões governamentais.