Quem nunca teve um dia de Justin Bieber indo para o trabalho que atire a primeira pedra .
Depois de muitas polêmica envolvendo o cancelamento da sua turnê, há dois dias ele subiu ao Palco do Rock in Rio, visivelmente abalado, mas ele “entregou tudo” ?
Quantos de nós muitas vezes não entregamos tudo que temos de melhor, em nosso dia a dia, presos na nossa própria escuridão.
Essa foi a palavra que encontrei para definir o comportamento dele no Palco, não conseguia encarar as luzes os flashes, nem sua platéia.
Ele precisou fechar os olhos, abaixar a cabeça e fazer ali o que esperavam dele.
Com a pandemia o tema “Saúde Mental” se popularizou abrindo a discussão que ” Tá tudo bem, não estar bem.”
Será!?…
- Tá tudo bem, mas você vai subir em um palco com milhares de pessoas te observando, reverenciando, venerando, julgando, criticando para cumprir seu contrato.
- Tá tudo bem não estar bem, mas você vai bater seu ponto na entrada e na saída e fazer o melhor que pode pelo seu trabalho/salário.
- Ta tudo bem não estar bem mas você vai colocar um sorriso no rosto e não deixar ninguém ver fragilidade.
É assim que muitas vezes maquiamos nossa dor, para dar o melhor em nosso trabalho.
Até que ponto é saudável priorizar nossos compromissos profissionais, as expectativas alheias em detrimento da nossa saúde mental.
Essa é uma reflexão que gostaria de abordar hoje, estamos em Setembro Amarelo, não é sobre certo ou errado, e sim sobre eu, você e alguns de nós.
Qual a dificuldade que temos de nós priorizar, de parecer que sempre estamos devendo algo.
Porque parece ser tão difícil respeitar nossos limites?
Eu já tive meu dia de Justin Bieber, e me afastar do que me fazia mal e terapia me ajudaram muito.